O que é uma Stable Coin e como ela se relaciona com a tokenização?
calendar_month 24/06/2021
Stable Coin é um modelo de criptomoeda que é lastreada em ativos reais e, por isso, apresentam menos volatilidade.
Elas vêm sendo cada vez mais adotadas e podem ser muito úteis dentro do contexto da tokenização.
As criptomoedas no geral vêm se tornando bastante populares ao longo dos anos.
Entretanto, devido ao número cada vez maior de usuários ao redor do globo, acaba sendo gerada uma altíssima volatilidade em seus valores.
E é nesse contexto que surgiram essas “moedas estáveis”.
Quer saber mais sobre elas? Continue lendo o artigo e descubra o que são Stable Coins, para que servem, como participam da tokenização e muito mais.
Boa leitura!
O que é criptomoeda?
Basicamente, uma criptomoeda pode ser considerada uma espécie de dinheiro digital que não é emitido por qualquer tipo de governo, como é o caso do real e do dólar, por exemplo.
Uma das mais conhecidas atualmente é o Bitcoin e já falamos sobre a diferença entre criptomoedas e tokens aqui no blog.
O principal objetivo com o uso de criptomoedas é facilitar as transações na era digital, assim como o e-mail e os aplicativos de mensagem simplificaram a comunicação humana.
Elas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si, sendo as suas três principais funções:
- Servir como meio de troca, tornando as transações comerciais mais fáceis e ágeis;
- Reserva de valor, para que seja possível utilizá-la no futuro, preservando o poder de compra do consumidor;
- Unidade de conta, no momento da precificação de produtos, com cálculos econômicos sendo feitos em função dela.
Entretanto, por conta da alta volatilidade dos seus valores, muitas pessoas acreditam que as criptomoedas não atingiram o status de unidade de conta.
E foi por isso que desenvolveram a Stable Coin.
O que é uma Stable Coin?
Stable Coins são criptomoedas cujo preço é pré-fixado e que possuem valor estável, porque são lastreadas em ativos reais, como ouro ou moedas específicas, como o dólar ou euro.
Para garantir a paridade, o emissor da Stablecoin se responsabiliza pela aquisição do ativo real e deve sempre manter uma reserva do ativo correspondente ao total de moedas em circulação.
A Stable Coin é uma moeda forte, que possibilita autonomia em sua custódia, que é segura, porque utiliza a tecnologia blockchain e ainda facilita a transferência com agilidade e baixo custo.
Para que ela serve?
A Stable Coin serve para manter a segurança digital, privacidade de pagamentos digitais e velocidade nas transações oferecidas pelas criptomoedas.
Tudo isso, sem a instabilidade e as mudanças bruscas causadas pela volatilidade das moedas fiduciárias tradicionais.
Apesar de serem um modelo de negócio recente, elas vêm ganhando cada vez mais popularidade, uma vez que a tokenização do mercado é uma tendência cada vez maior no mundo.
O principal desafio a ser superado, no entanto, é o de fazer o público conhecer, confiar e utilizar esse sistema.
Justamente pelo receio de fazer negócios em ambientes instáveis, como o das criptomoedas, podemos observar o surgimento das Stablecoins como um primeiro passo para tornar o sistema mais confiável e acessível.
Quais são as vantagens da Stable Coin?
Resumindo, as 8 principais vantagens da Stable Coin são:
- Lastros firmados em ativos reais;
- Taxas baixas nas transações financeiras;
- Agilidade e segurança criptografada nas transferências;
- Sem limites de valores, agentes envolvidos;
- Negociações 24 horas por dias, nos 7 dias da semana;
- Transparência nas negociações viabilizadas pela tecnologia blockchain;
- Menor volatilidade e instabilidade frente às moedas fiduciárias tradicionais;
- Atrativas para novos investidores no mercado das criptomoedas.
Com tantos benefícios, não é surpresa o fato de que essas moedas já circulam pelo mercado e de que já existem tipos diferentes de ativos que as asseguram.
Quais são os 4 principais tipos de Stable Coins?
Atualmente, existem 4 principais tipos de Stable Coins e são as seguintes:
Stable Coin centralizada
São conhecidas também como IOU (“I owe you” ou “eu te devo”) e possuem uma espécie de “dono”. É um modelo polêmico, já que são empresas que emitem essas Stablecoins, geralmente representando moedas estatais.
A polêmica vem do fato de que os criadores controlam sua emissão, dificultando a transparência em saber se a empresa tem, de fato, reservas equivalentes.
Stable Coin cripto-colateralizadas
Diferente das IOUs, essas moedas contam com um lastro descentralizado, solucionando o problema em relação à confiança da emissão.
Como os ativos aos quais elas são lastreadas são aqueles de alta volatilidade, essas Stable Coins podem não ser tão estáveis quanto as outras, sofrendo variações de preço.
Stable Coin colaterizada em commodities
São aquelas lastreadas em commodities, como metais preciosos, imóveis, obras de arte e muito mais. Então, caso esses ativos sofram variações de preço, o valor da Stable Coin também se modificará.
Normalmente, quem compra este tipo de Stablecoin está pensando em investimentos e não necessariamente como forma de proteção.
Stable Coins não-colateralizadas
Estas Stablecoins não estão lastreadas em qualquer tipo de ativo.
A manutenção da estabilidade do seu preço é feita através de algoritmos que controlam a quantidade de ativos em circulação, queimando ou emitindo moedas de acordo com a necessidade.
Por que utilizar Stable Coins na tokenização?
A tokenização de ativos é uma tendência no mercado financeiro, permitindo a digitalização de títulos de renda fixa, recebíveis, empreendimentos imobiliários, mecanismos de solidariedade, entre tantas possibilidades.
Como cada token acaba gerando remunerações de maneiras diferentes dependendo do ativo que representam, as Stablecoins podem ser muito úteis para que os donos recebam seus retornos.
Nestes casos, a empresa responsável pode tokenizar esse dinheiro e distribuir as remunerações para os donos do tokens na forma de uma moeda estável.
Assim, todos recebem seus retornos de forma prática e ágil e podem liquidá-los, ou seja, transformá-los em dinheiro, rapidamente.
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