O que é Hedge: Como Funciona, Para que Serve e Quem São os Agentes de Hedge

calendar_month 13/01/2025

Quais são as estratégias que você usa para proteger os seus investimentos de eventuais riscos? O hedge pode ser uma delas.

Sabemos que oscilações no mercado financeiro, variações cambiais e flutuações no preço de commodities podem impactar negativamente o resultado de empresas e carteiras de investimentos. 

Nesse cenário, o hedge surge como uma alternativa para proteger o seu capital e garantir previsibilidade. 

Se você ainda não ouviu falar sobre isso, tudo bem! 

Nesse artigo, vamos te explicar o que é hedge, como ele funciona e também especificar qual é o papel dos agentes que atuam nesse mercado. E é claro que vamos explorar tudo isso de forma clara e descomplicada, como sempre fazemos aqui no Descompliqi!

O que é hedge?

De forma literal, o termo hedge vem da língua inglesa e podemos traduzir como “cerca” ou “proteção”. 

No mercado financeiro, o hedge funciona como um mecanismo que visa minimizar ou neutralizar os riscos associados a variações de preços de ativos, taxas de câmbio ou commodities. 

Basicamente, trata-se de uma forma de proteger-se contra perdas financeiras.

Para entender melhor, vamos imaginar uma empresa que importa produtos e precisa pagar fornecedores em dólares. 

Se o câmbio subir, os custos dessa empresa também aumentam. Ao realizar um hedge cambial, ela pode fixar o preço do dólar em um patamar acordado, garantindo previsibilidade financeira e evitando prejuízos.

O hedge é uma estratégia de gestão de riscos que busca compensar perdas potenciais em um investimento por meio de ganhos em outro.

Qual perfil de quem usa as estratégias de hedge? 

O principal objetivo do hedge é oferecer segurança financeira e reduzir incertezas em operações comerciais e investimentos. 

Essa proteção pode ser aplicada em diversos contextos no mercado financeiro. 

Empresas que operam internacionalmente usam hedge para proteger-se de oscilações nas taxas de câmbio

Já produtores, podem garantir margens de lucro mesmo com mudanças nos preços de mercado. 

A estratégia também é usada por investidores, que usam o hedge para proteger suas carteiras contra quedas no valor dos ativos.

Esses exemplos mostram que o hedge serve tanto para empresas quanto para investidores que desejam reduzir riscos e aumentar a previsibilidade dos seus resultados financeiros.

Quais são os principais tipos?

Existem diversos tipos de hedge, e cada um atende a diferentes necessidades:

Hedge Cambial

Esse tipo de hedge é utilizado para proteger contra variações nas taxas de câmbio.

Empresas que realizam transações em moedas estrangeiras podem usar contratos futuros ou opções para fixar a taxa de câmbio e evitar perdas.

Hedge em Commodities

Produtores e consumidores de commodities, como grãos, metais ou petróleo, utilizam hedge para estabilizar preços e garantir margens de lucro.

Por exemplo, um produtor de café pode vender contratos futuros para assegurar um preço fixo para sua produção.

Hedge em Ações

Investidores em ações podem utilizar opções ou outros derivativos para proteger suas posições contra quedas no mercado acionário, garantindo que perdas potenciais sejam mitigadas.

Como o Hedge Funciona na Prática?

A lógica por trás do hedge é compensar perdas em um ativo através de ganhos em outro ativo correlacionado, mas que se comporta de maneira inversa. 

Isso pode ser feito, principalmente, por meio dos derivativos.

Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor deriva (ou depende) de outro ativo, chamado de ativo subjacente. 

Esse ativo pode ser uma ação, uma moeda, uma commodity (como ouro ou petróleo), uma taxa de juros ou até um índice financeiro.

De forma simples, os derivativos não têm valor próprio; eles dependem do comportamento do preço do ativo ao qual estão vinculados. 

Por isso, são muito usados para fazer hedge (proteção contra riscos), mas também são populares entre investidores que buscam especular com base na expectativa de preço futuro dos ativos.

Alguns dos instrumentos financeiros utilizados para estratégias de hedge incluem:

Contratos Futuros

Um contrato futuro é um acordo para comprar ou vender um ativo a um preço predeterminado em uma data futura. 

Muito usados por empresas que dependem de commodities, como soja ou petróleo. 

Se uma empresa teme que o preço de uma matéria-prima suba, ela pode fazer um contrato futuro para garantir o preço atual.

Por exemplo: um agricultor pode vender contratos futuros de sua colheita para garantir um preço fixo, protegendo-se contra quedas nos preços do mercado.

Opções

As opções são contratos que dão ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar (call) ou vender (put) um ativo a um preço específico até uma data definida.

Por exemplo, uma empresa pode adquirir uma opção de venda de dólares para se proteger contra a desvalorização da moeda estrangeira.

Swaps

Swaps são contratos em que duas partes trocam fluxos de pagamentos. Eles são muito usados em hedge de taxas de juros ou moedas

Esse tipo de contrato permite que as partes se protejam contra variações em indicadores financeiros.

Um exemplo comum é o swap de taxas de juros, onde uma empresa que tem um empréstimo com juros flutuantes pode trocar por uma taxa fixa para reduzir seu risco.

Quem são os agentes de Hedge?

Os agentes de hedge, também conhecidos como hedgers, são indivíduos ou instituições que utilizam estratégias de hedge para proteger seus interesses financeiros. 

Entre esses players, podemos destacar:

  • Produtores e consumidores de commodities: Como agricultores ou indústrias que buscam estabilizar preços de matérias-primas.
  • Empresas com exposição cambial: Companhias que operam internacionalmente e precisam proteger-se contra variações cambiais.
  • Investidores institucionais: Fundos de investimento, seguradoras e companhias de investimento, por exemplo, que utilizam hedge para gerenciar riscos em suas carteiras.

Esses agentes utilizam diferentes instrumentos financeiros para implementar suas estratégias de hedge, buscando equilibrar riscos financeiros e retornos em suas operações. 

Existe conexão entre Hedge e Tokenização?

No universo da tokenização de ativos, o hedge também pode ser aplicado. 

Um exemplo seria o uso de contratos inteligentes (smart contracts) para automatizar operações de hedge em plataformas de blockchain. 

Isso poderia trazer mais eficiência, transparência e redução de custos em estratégias de proteção.

Por exemplo:

  • Um token lastreado em dólar pode ser usado como hedge cambial para investidores em países com moedas voláteis.
  • Tokens de commodities, como petróleo ou ouro, podem funcionar como proteção contra a inflação ou a volatilidade dos preços dessas matérias-primas.

Seja no mercado financeiro tokenizado ou tradicional, para quem busca tomar as melhores decisões na hora proteger seu capital, é fundamental conhecer o funcionamento de estratégias como o hedge.

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